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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Declarações de nossa presidência sobre o assunto.

Benefícios Mútuos (A Liahona de Agosto de 2010, pág 32 à 35)

“O que vamos fazer esta semana?” essa parece ser uma pergunta que os líderes ouvem sempre — e que talvez até temam — em seu empenho de ajudar os jovens a planejar e a realizar boas Mutuais. Embora costumemos ter resposta para essa pergunta, outra ainda mais difícil seria: “O que pretendemos alcançar com a atividade desta semana?”

Recentemente, ao dirigir-se aos líderes dos jovens, o Presidente Thomas S. Monson ressaltou que “a responsabilidade básica de ajudar os jovens a escolherem o que é certo em toda e qualquer circunstância é uma regra tão crucial hoje quanto sempre foi”. “Proporcionem a eles lembranças a serem levadas para a eternidade”, disse ele, “e o Senhor bendirá seu nome”. Ele reiterou, como de costume, que o Senhor dá inspiração a quem Ele chama. A revista A Liahona pediu a alguns
líderes da Igreja que recordassem uma Mutual ou outra atividade memorável dos jovens e que relatassem os resultados alcançados. Talvez os líderes de hoje encontrem alento nessas experiências, percebendo que seu trabalho dedicado está ajudando a criar lembranças importantes — e testemunhos eternos.

Parte de Algo
Extraordinário

Élder Neil L. Andersen
Do Quórum dos Doze Apóstolos


No fim do primeiro semestre de 1967, nossa ala recebeu a incumbência de escolher dezesseis jovens para participar do Festival de Dança da Igreja. Para nossa cidadezinha situada na zona rural de Idaho, foi uma aventura e tanto. O festival seria realizado no gigantesco estádio da Universidade de Utah, com milhares de pessoas na plateia. Eu não sabia dançar e fiquei hesitante nos primeiros ensaios, mas logo passei a sentir prazer na companhia de bons rapazes e moças que se preparavam para o festival de dança. A perspectiva de visitar a grande Cidade de Salt Lake e ficar hospedado num hotel com piscina era uma grande motivação para nós. Chegamos a Salt Lake City no dia previsto e começamos a nos vestir para a apresentação. De repente, percebi que não trouxera a calça preta que deveria usar em nossa dança de salão. Eu a esquecera em casa. Nem sequer cogitamos ir a uma loja para comprar uma calça nova, pois custaria caro demais. Eu não sabia o que fazer. A solução veio quando meu líder dos Rapazes, o irmão Lowe, ofereceu- me sua calça preta. Quando a vesti, fiquei contente ao ver que o comprimento dela era quase igual ao da minha. Contudo, logo percebi que havia um problema: a cintura era vários centímetros mais larga. “O que vou fazer?” pensei. Fiquei grato pela bondade do irmão Lowe, mas era muito constrangedor usar aquela calça larga. O irmão Lowe e meus amigos garantiram que ninguém perceberia, pois o paletó cobriria quase inteiramente a calça e eu poderia usar um cinto para mantê-la bem apertada. Ainda me lembro da sensação de chegar ao estádio e ver milhares de rapazes e moças de todo o país que partilhavam minhas crenças e convicções. Foi um momento precioso perceber o quanto a Igreja era importante para tantas pessoas. Quando chegou nossa vez, seguimos para o campo. Quando a dança começou, senti, para meu desespero, a calça folgada deslizar. Não dava mais tempo de resolver a situação, pois a música já começara. Esse problema acrescentou novos passos a minhas coreografias de danças de salão. Eu precisava não só recordar tudo o que me fora ensinado, mas também tinha de inventar alguns movimentos novos para manter a calça no lugar. Por vezes esses passos desconcertavam minha talentosa parceira, mas me salvaram de um fim ainda mais constrangedor. Jamais esqueci meus curtos e precários momentos de dança de salão. Mais importante ainda, nunca esqueci o sentimento de que todos fazemos parte de algo extraordinário — não apenas um festival de dança —, mas a Igreja e o evangelho restaurados de Jesus Cristo.


O Testemunho
Adquirido ao Nascer
do Sol

Élder Paul B. Pieper
Dos Setenta


Fui criado como membro da Igreja. Meus pais me ensinaram os princípios do evangelho e fui batizado, confirmado e ordenado ao sacerdócio por meu pai, que era um homem digno. Senti a influência do Espírito em minha vida, mas não recebi um testemunho da realidade da Expiação até uma certa Páscoa na minha adolescência. Um grupo de várias centenas de alunos do seminário resolveu fazer uma reunião de testemunhos antes do nascer do sol. Creio que prestei testemunho naquela manhã, mas não tenho certeza. O que sei é que naquela reunião, à medida que o sol despontava numa nova Páscoa, o Espírito penetrou-me o coração e prestou testemunho da realidade de Jesus Cristo, de Sua vida, de Seus ensinamentos, de Sua Expiação e de Sua Ressurreição. Senti a confirmação desse testemunho muitas vezes durante os mais de 30 anos em que
testifiquei a respeito de Jesus Cristo como missionário, pai, amigo e líder da Igreja. Mas a verdadeira âncora para mim foi o testemunho que recebi do Espírito naquela manhã de Páscoa.

Moldar Futuros
Missionários

Élder Keith K. Hilbig
Dos Setenta


Como membro da Ala Milwaukee Wisconsin, tive
líderes dedicados. Nossas atividades eram ocasiões maravilhosas para aprendermos a interagir socialmente, ajudando-nos assim a ser menos desajeitados, uma característica típica dos adolescentes. No entanto, uma Mutual em especial moldou o curso de minha jovem vida. Foi em 1956, há 54 anos! Mas ainda hoje me lembro, como se
fosse ontem. Nós, rapazes, trabalhávamos juntos na Mutual todas as quartas-feiras
para construir uma réplica detalhada de mais de um metro de altura do belo Templo de Salt Lake. Também fizemos um pôster enorme com uma explicação pormenorizada do propósito e da história do Livro de Mórmon. A tropa de escoteiros de nossa
ala conseguira um estande de destaque na mostra anual de escotismo da cidade. Centenas de visitantes passaram por nosso estande e viram nossa exposição. Muitos pararam para falar conosco. Fizeram perguntas aos meninos do Sacerdócio Aarônico, que estavam com uniforme de escotismo, sobre o propósito da exposição do templo. Muitos fizeram perguntas sobre o Livro de Mórmon. Nós, portadores do Sacerdócio Aarônico, dávamos as melhores explicações possíveis e depois oferecíamos um exemplar de capa mole do Livro de Mórmon. Um querido colega escoteiro e eu (pertencíamos ao mesmo quórum de mestres) nos sentimos como missionários de vinte anos de idade. Ambos assumimos pessoalmente o compromisso de permanecer dignos e de servir como missionários de tempo integral. Nós dois cumprimos essa promessa — graças, em parte, à Mutual e aos dedicados líderes dos jovens.

Por Meios Pequenos
e Simples

Elaine S. Dalton
Presidente Geral das Moças


Ao pensar nas experiências pessoais que tive na juventude, vem-me à mente uma série de coisas pequenas e simples que fortaleceram meu testemunho (ver Alma 37:6–7). A ala que frequentei na juventude era como uma grande família. Quando fazíamos um jantar da ala, todos compareciam. Sempre que a Sociedade de Socorro fazia um bazar ou a Primária organizava um desfile, todos participavam. Nossa ala era nossa vida social. Ao pensar em meu primeiro espetáculo teatral na ala, lembro-me nitidamente dos ensaios matinais, das orações, das conversas com as amigas enquanto esperávamos nossa vez de atuar e da camaradagem que sentíamos enquanto pintávamos o cenário, ensaiávamos e aprendíamos juntos. Foi nessas ocasiões que observei como o evangelho atuava na vida real de pessoais reais. Vi como minhas consultoras lidavam com os problemas que surgiam, como os líderes reagiam sob pressão, como os cônjuges se relacionavam e tomei decisões pessoais sobre a obediência aos princípios que me eram ensinados no domingo. Eu sentia o Espírito ao orarmos pedindo um milagre, como o de lembrar nossas falas ou de devolver a saúde a um de nossos jovens. Não lembro quais eram minhas falas naquela peça nem recordo todos os demais detalhes. Mas lembro-me de como me senti ao atuar e ao olhar para o rosto dos membros da ala e ver sua aprovação e seu amor.

Aceitar o Convite
David L. Beck
Presidente Geral dos Rapazes


Uma das atividades mais memoráveis de que participei quando jovem foi um grande festival de dança. Tenho plena certeza de que jamais teria participado de uma atividade assim por iniciativa própria. Contudo, após certa insistência, aceitei o convite para participar, embora inicialmente a ideia não me entusiasmasse. Fizemos muitos ensaios, e o aprendizado das danças foi um processo lento. Sou grato pelos instrutores dedicados, pela parceira de dança paciente e por minha mãe, que costurou meu traje e me incentivou a dar o melhor de mim. O festival foi realizado num estádio de futebol. Eu nunca participara de algo tão grande. Cada grupo se apresentava para a multidão com danças coreografadas e trajes coloridos. Por fim, o campo de futebol ficou literalmente cheio de dançarinos e fizemos juntos um número de encerramento. Foi um espetáculo impressionante. Gostei daquele festival de dança muito mais do que esperava. Ele me deu a oportunidade de ver a Igreja com outros olhos. Vi multidões de jovens se divertindo. Fiz novos amigos, desenvolvi novos talentos e dei minha pequena parcela de contribuição a uma grande produção que divertiu milhares de pessoas. Por eu ter aceitado o convite para dançar naquele festival — e outros convites que recebi na Igreja — minha vida foi abençoada, e tive a oportunidade de abençoar outras pessoas. Sinto-me muito privilegiado por ter vivido tantas experiências maravilhosas como membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.